"Foi tão natural e intuitivo, que só depois pensei na preocupação dos meus pais, porque eu nem pensei se tinha alguma coisa na banana", explicou.
"Não esperava que as pessoas se envolvessem tanto com esse assunto. Em outras ocasiões em que havia denunciado o racismo, isso não aconteceu. Estava até pessimista com esse aspecto", comentou ele, que se disse alegre porque o racismo no futebol está em pleno debate.
Em muitas outras ocasiões, em outros países porem com maior frequência na Espanha o gesto racista de atirar bananas em campo parece que se torna comum. "Eu não quis generalizar. Não quis dizer que a Espanha seja racista. Mas sim que há racismo na Espanha, porque eu sofro isso em campos (de futebol) diferentes. Não foi um caso isolado", replicou Alves.
Atitude ! Foi isso que comoveu as pessoas ?
Certamente já vimos muitas reações de repúdio imediatas por partes de vários atletas de diversos esportes como deixar a partida, jogar de volta a banana, devolver gritos ou gestos de não aceitação ao racismo mas que com certeza a atitude de Daniel Alves de literalmente "digerir" o "alimento do racismo" não atinge sua pessoa e nos mostra apenas que racismo possui vitaminas que não nutre o corpo, mas estraga a alma. (Mauricio Pagliaccio)